quarta-feira, 11 de maio de 2016

A votação do Impeachment no plenário do Senado

Sabendo que o Senado é uma casa que tem origem no próspero e poderoso Império Romano, nós sempre esperamos que seus membros hajam de acordo.

A sessão do Senado de hoje, 11/05/2016, que provavelmente atravessará a madrugada, está mostrando uma face da decadência do Brasil, temporária, mas com seus tristes elementos.

Como deve ser um Senador

Nosso Senado dos sonhos é o de gente que presta a atenção nas sessões, mostra claramente o entendimento do assunto, procura tirar as suas dúvidas com os oradores, lê o relatório que baliza a votação em andamento, e coloca seu voto com clareza, para que a população entenda, ficando sempre no assunto. Se lê seu discurso, percebemos que é a sua cara, e que foi ele mesmo que escreveu.

Mas alguns senadores mancham este axioma de como um Senador deve se conduzir. É normal a parte prejudicada, que se deixou levar por um líder venal, tentar sair do assunto. Mas mentiras, deboche, brincadeirinhas, até o absurdo de citação de fábulas, discursos lidos, pois é o assessor que tem que escrever o discurso ou o texto de um voto, é a clara demonstração de mediocridade de alguém que tem o posto de Senador.

O povo não entende o porte de um cargo de Senador, e vota em qualquer um. Um eleitor que elege alguém, e vê uma conduta vergonhosa, como a especificada no parágrafo anterior, por parte daquele que elegeu, deveria mergulhar a cabeça num balde cheio de água, e ali se deixar ficar. O culpado é o eleitor.

Os que mancham a ideia de Senador

Em uma classe de escola fundamental, sempre existem os alunos que ficam na "cozinha", a parte de trás da sala, fazendo bagunça, brincadeirinhas e atos típicos contrários ao de um bom aluno. No Senado, este papel cabe aos de sempre: Lindberg Farias, Gleisi Hoffman, Fátima Bezerra e Vanessa Grazziotin.

Outros são os que teriam um grande futuro, mas se deixam contaminar pelos bagunceiros. É o caso do senador José Pimentel. Uma pena, pois sem esta influência deletéria ele seria excelente senador.

Uma espécie é sui generis. É a de Fernando Collor. Imagine um Senador que já foi presidente que sofreu Impeachment. Diz ele que não sofreu, pois renunciou. Mas o fez para evitar justamente seu impedimento, para não perder seus direitos. Mais uma de suas bravatas. Agora ele vem todo lânguido, e faz um discurso "encomendado", onde não ficou claro de que lado está.

E a turma tem mascote. A Senadora Regina Sousa, outra que teve que trazer discurso escrito. E, entre brincadeirinhas e fábulas, fez um espetáculo, mas deu o voto previsível, não de senadora, mas de militante. O Senador Humberto Costa nunca assumiu seu mandato, pois nunca deixou de ser militante, portanto não há o que comentar.

Os que honram o papel de Senador

Estes são facilmente identificados, e por isto foram colocados pelos partidos na Comissão Especial do Impeachment, de palavra na ponta da língua, citando leis e decretos, se postando com objetividade, sem sair do assunto, usando metáforas com comedimento, e construindo suas teses com precisão, além de terem uma educação digna:
  • Álvaro Dias
  • Ana Amélia
  • Antonio Anastasia
  • Cássio Cunha
  • Miro Teixeira
  • Ricardo Ferraço
  • Simone Tebet
com menos empenho, mas com preparo vem:
  • Aloysio Nunes
  • Cristovam Buarque
  • Marta Suplicy
  • Paulo Bauer
  • Raimundo Lira
outros tem um espírito de luta, apesar de não terem tanto conhecimento técnico, mas compensam com sua combatividade, aceitando os pontos de vista, quando são contundentes:
  • Magno Malta
  • Ronaldo Caiado
  • Waldemir Moka
E o destaque é Magno Malta, que fala com o seu espírito franco, como nenhum outro, e ainda mostra os elementos hipócritas do seu círculo.

A vitória de Temer

Foram 55 votos a favor e 22 contra o Impeachment para abertura de processo contra a Presidente, algo já previsível. As mentiras de senadores venais e pusilânimes não cegaram os senadores mais bem informados, articulados e com boa assessoria, sem mágoas políticas e sem medos institucionais.

Temer, legitimado por uma chapa com Dilma (pois se ela se diz legítima, seu companheiro de chapa o é na mesma proporção), assume conforme os ditames da Constituição, ao contrário do que diz o senso comum dos populares.

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