Olha, já tivemos de tudo em nossa política na esfera federal, no cargo de Presidente.
Tivemos Marechais com a dura tarefa de trazer o Brasil da Monarquia e colonialismo para a República. Não foram poucos os tropeços, pois mesmo constatando os ventos da mudança, ainda se via brasileiros querendo a continuação da monarquia. É fácil compreender isto. Até hoje temos uma legião de tolos que votam em candidatos com nomes ridículos nas eleições.
Pois bem. Depois dos percalços com a Revolução de 64, que queiram ou não foi útil, voltamos à liberdade de escolha de governantes. Sem eficiência e sem eficácia. Com o povo mal formado, iludido, consumista e imediatista, continuamos a escolher "bolotas de porcos", como Fernando Collor de Melo, que deixou Sarney, de igual estirpe, como Luís Inácio Lula (omiti Silva, porque sendo um sobrenome comum, estaria desonrando o povo brasileiro).
E Collor deixou no "ninho" do Planalto Fernando Henrique, o intelectualoide que vive se jactando de seu exílio político. Falácia, ele provou sua incapacidade no assento presidencial. E agora, doente pela abstinência de poder, se junta a Aécio Neves, árvore sem frutos, que vive enxertado à fama do avô, também árvore sem frutos, que Deus não permitiu que chegasse à Presidente, e provavelmente teve seus motivos.
Povo do Brasil, apesar de estarem se alienando pelo consumo e bem estar dos governos populares, não votem em Aécio, não o ouçam, não olhem para ele. Ele vive com este Fernando Henrique falido, elitista, debochado, que não fez nada do que prometeu em campanha. E Aécio, quem acompanhou seus 8 anos no governo de Minas não viu melhora nenhuma, e ainda concordou com o aumento do número de séries escolares, PARA DAR MAIS LUCRO PARA AS ESCOLAS PARTICULARES E EDITORAS , pois os alunos ficam um ano a mais na escola, 12 mensalidades a mais, 1 ano de material escolar a mais, etc. Além disto, encheu as agências de publicidade de serviço para fazer o marketing do governo, que no fundo se transformou em seu marketing pessoal.
Tchau Aécio. Não votem nele para presidente.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Fuga de D. João VI de Portugal em 1808
As páginas aqui exibidas pertencem ao Correio Braziliense, datadas de 1º de Junho de 1808. Esta edição foi feita em Londres.
O que se trata aqui é da Mudança da Corte de Portugal para o Brasil, mais precisamente para a Província do Rio de Janeiro, devido ao avanço das tropas de Napoleão, que sequer tem seu nome aqui citado, fato este motivado pelo ódio ao imperador francês. Uma coisa parecida se deu no registro do Livro do Êxodo na Bíblia, em que os hebreus citam "faraó", evitando o nome do perverso Ramses II ou outro que os revisionistas queiram supor que tenha sido o rei do Egito na época. Isto é um reflexo humano.
Estes que D. João VI nomeia como regentes serão meros títeres sob a mão de ferro de Napoleão. E ele os nomeia para não parecer relapso com o povo, além de parecer que ainda tinha algum poder.
O pretenso poderoso SEMPRE acha que NUNCA vai perder o poder.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Marcos Valério, mensalão e cassação
Nosso país tem um regime Republicano e democrático com divisão e independência de Poderes.
Mas ultimamente a democracia vem sendo confundida com Responsabilidade Social. Já foi dada a sentença dos mensaleiros corruptos, com respingos sobre o ex-presidente Lula. E também foi recomendada a cassação dos corruptos.
Então o Poder Legislativo, coalhado de membros que acreditam que é preciso praticar Responsabilidade Social com os mensaleiros, vem com o argumento de que o Poder Judiciário não pode se meter no Poder Legislativo. Isto é um sofisma plantado pelos corporativistas do Congresso Nacional, que temem que um dia, na mesma situação, sejam cassados.
Sabe o que isto parece ? Com a seguinte situação.
Um indivíduo mata alguém. É julgado e condenado pelo Judiciário. Então, depois da condenação, com a sentença lavrada, o juiz chama a mãe do assassino e pergunta:
É o absurdo da democracia que está sendo confundida com Responsabilidade Social.
Lula
E o presidente Lula, MÁXIMA AUTORIDADE do sistema presidencialista, em meio a toda esta bagunça diz:
Ou seja, o ex-PRESIDENTE estava DORMINDO.
Mas ultimamente a democracia vem sendo confundida com Responsabilidade Social. Já foi dada a sentença dos mensaleiros corruptos, com respingos sobre o ex-presidente Lula. E também foi recomendada a cassação dos corruptos.
Então o Poder Legislativo, coalhado de membros que acreditam que é preciso praticar Responsabilidade Social com os mensaleiros, vem com o argumento de que o Poder Judiciário não pode se meter no Poder Legislativo. Isto é um sofisma plantado pelos corporativistas do Congresso Nacional, que temem que um dia, na mesma situação, sejam cassados.
Sabe o que isto parece ? Com a seguinte situação.
Um indivíduo mata alguém. É julgado e condenado pelo Judiciário. Então, depois da condenação, com a sentença lavrada, o juiz chama a mãe do assassino e pergunta:
"Podemos prender seu filho ?"
É o absurdo da democracia que está sendo confundida com Responsabilidade Social.
Lula
E o presidente Lula, MÁXIMA AUTORIDADE do sistema presidencialista, em meio a toda esta bagunça diz:
"Eu não sabia de NADA"
Ou seja, o ex-PRESIDENTE estava DORMINDO.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Proclamação da República - IV - Decreto Nº 3
O decreto Nº 3 da República
A situação das forças armadas no Brasil na época era algo inimaginável hoje. A disciplina chegava às raias da dureza. As faltas na marinha eram punidas com o castigo corporal. Isso mesmo. Repare no texto a expressão "reduzido a nove anos" o serviço na marinha. Hoje, que o serviço militar é de apenas um ano, e todo mundo reclama, imagine se fossem 9 anos.
Mas isto tinha um cunho político todo especial. O Governo Provisório estava dando o recado de que na República haveria tolerância e respeito. O regime imperial não classificava as pessoas como cidadãos, mas como súditos. E os castigos se aplicavam a súditos a serviço do imperador, daí os castigos.
A situação das forças armadas no Brasil na época era algo inimaginável hoje. A disciplina chegava às raias da dureza. As faltas na marinha eram punidas com o castigo corporal. Isso mesmo. Repare no texto a expressão "reduzido a nove anos" o serviço na marinha. Hoje, que o serviço militar é de apenas um ano, e todo mundo reclama, imagine se fossem 9 anos.
Mas isto tinha um cunho político todo especial. O Governo Provisório estava dando o recado de que na República haveria tolerância e respeito. O regime imperial não classificava as pessoas como cidadãos, mas como súditos. E os castigos se aplicavam a súditos a serviço do imperador, daí os castigos.
Proclamação da República - III - Decreto Nº 2
O Decreto Nº 2 da República
Este decreto estabelece uma espécie de indenização à família Imperial. Pelo valor, podemos ver que é uma quantia alta PARA A ÉPOCA, pois como bem vimos no posto sobre a moeda brasileira, ele corresponde, hoje, a R$ 56,00 x 5000 = R$ 280.000, ou seja, metade do valor de um apartamento de luxo na Zona Sul de Belo Horizonte.
Mesmo assim, para uma família de reis, que já acumulara riquezas consideráveis em vista de sua posição, da possibilidade de acordos, e dos direitos de extração das riquezas da colônia, nós, particularmente, faríamos um despejo sumário destes "sanguessugas".
Este ato foi apenas uma satisfação à comunidade internacional, para mostrar que o Brasil não resolvia seus assuntos com truculência.
Para se ter uma ideia do que significa este valor em termos monetários da época, o Jornal Província de Minas, em sua edição de Nº 552 anunciava o Edital para implantação de redes de água e esgoto em termos mais ou menos como os apresentados a seguir:
Para a execução de todo este serviço, numa cidade como Ouro Preto, acidentada, era preciso fazer o depósito de uma caução de 10:000$000 (dez contos de Réis). Ou seja, a indenização paga à família real foi da metade do preço da caução (um percentual entre 5 % a 10 %) do total de uma obra deste vulto.
Outra base de comparação é este anúncio da Edição Nº 571 de 21/02/1889 (ano da Proclamação da República) deste mesmo Jornal:
Ou seja, este valor pago à família Real era o equivalente à todas as ações de um Banco, exatos 5000 contos de Réis.
Este decreto estabelece uma espécie de indenização à família Imperial. Pelo valor, podemos ver que é uma quantia alta PARA A ÉPOCA, pois como bem vimos no posto sobre a moeda brasileira, ele corresponde, hoje, a R$ 56,00 x 5000 = R$ 280.000, ou seja, metade do valor de um apartamento de luxo na Zona Sul de Belo Horizonte.
Mesmo assim, para uma família de reis, que já acumulara riquezas consideráveis em vista de sua posição, da possibilidade de acordos, e dos direitos de extração das riquezas da colônia, nós, particularmente, faríamos um despejo sumário destes "sanguessugas".
Este ato foi apenas uma satisfação à comunidade internacional, para mostrar que o Brasil não resolvia seus assuntos com truculência.
Para se ter uma ideia do que significa este valor em termos monetários da época, o Jornal Província de Minas, em sua edição de Nº 552 anunciava o Edital para implantação de redes de água e esgoto em termos mais ou menos como os apresentados a seguir:
- Desobstrução e revestimento de minas (as minas de ouro seriam aproveitadas como galerias de acesso);
- Construção de 10 reservatórios de água;
- Assentamento de diversas redes;
- Construção de ramais para as residências;
- Colocação de hidrantes;
- Construção de galerias para esgoto;
- Assentamento dos coletores de esgoto;
- Construção de tanques de desinfecção;
- Construção de coletores de esgoto para os prédios;
- Assentamento de latrinas automáticas.
Para a execução de todo este serviço, numa cidade como Ouro Preto, acidentada, era preciso fazer o depósito de uma caução de 10:000$000 (dez contos de Réis). Ou seja, a indenização paga à família real foi da metade do preço da caução (um percentual entre 5 % a 10 %) do total de uma obra deste vulto.
Outra base de comparação é este anúncio da Edição Nº 571 de 21/02/1889 (ano da Proclamação da República) deste mesmo Jornal:
Ou seja, este valor pago à família Real era o equivalente à todas as ações de um Banco, exatos 5000 contos de Réis.
Proclamação da República - II - Decreto Nº 1
O Decreto Nº 1 da República
Dentro de nossa política de apresentar os fatos e suas provas, mostramos aqui o primeiro e mais importante Decreto do Governo Provisório quando da Proclamação da República.
Em se tratando de uma República (coisa pública), o governo estabelecido chama a si mesmo de provisório. A sua legitimidade e coerência com o conceito de República exigia a construção de uma Constituição definitiva, pois quem manda é a Lei, e não mais uma pessoa. Depender de uma pessoa para o mando legal implica em estar sujeito à saúde e ao humor desta pessoa.
Após a promulgação da Constituição, ela seria a autoridade máxima. Os governos poderiam suceder um ao outro, apenas com a responsabilidade de execução dos atos de Governo, submissos às Leis Estabelecidas pela Constituição.
Enquanto estas providências não fossem concluídas, o Governo Provisório utilizaria a força policial, pois em momentos de transição muitos são os que se aproveitam para tentar promover a anarquia, pior sistema de governo que existe. Até os militares, responsáveis pela ordem, estavam sujeitos ao Governo Provisório.
Por isto o artigo 7 ressalta que nenhum governo local, também se dizendo provisório, será aceito ou válido. O artigo 10 reza sobre a associação que existe entre administração e sede administrativa, ou seja, o abstrato e seu objeto concreto quase correspondente. A Cidade do Rio de Janeiro, por ser a Capoital, sede do governo, estaria sobre responsabilidade direta do Governo Provisório.
Aqui o Governo Provisório delega a cada parte a sua responsabilidade, como é característico de um sistema de governo não imperial. E o artigo 11 elucida algo interessante em termos conceituais. Às partes que vão manter o TODO do Governo em ordem é recomendado cumprir este decreto, ou seja, a LEI ESCRITA, e não uma ordem de uma pessoa. Até o Marechal Deodoro, se descumprisse o Decreto, estaria fora da lei, coisa que não acontece em um contexto imperial, onde o mandatário do Governo pode desfazer uma ordem sua.
Dentro de nossa política de apresentar os fatos e suas provas, mostramos aqui o primeiro e mais importante Decreto do Governo Provisório quando da Proclamação da República.
Em se tratando de uma República (coisa pública), o governo estabelecido chama a si mesmo de provisório. A sua legitimidade e coerência com o conceito de República exigia a construção de uma Constituição definitiva, pois quem manda é a Lei, e não mais uma pessoa. Depender de uma pessoa para o mando legal implica em estar sujeito à saúde e ao humor desta pessoa.
Após a promulgação da Constituição, ela seria a autoridade máxima. Os governos poderiam suceder um ao outro, apenas com a responsabilidade de execução dos atos de Governo, submissos às Leis Estabelecidas pela Constituição.
Enquanto estas providências não fossem concluídas, o Governo Provisório utilizaria a força policial, pois em momentos de transição muitos são os que se aproveitam para tentar promover a anarquia, pior sistema de governo que existe. Até os militares, responsáveis pela ordem, estavam sujeitos ao Governo Provisório.
Por isto o artigo 7 ressalta que nenhum governo local, também se dizendo provisório, será aceito ou válido. O artigo 10 reza sobre a associação que existe entre administração e sede administrativa, ou seja, o abstrato e seu objeto concreto quase correspondente. A Cidade do Rio de Janeiro, por ser a Capoital, sede do governo, estaria sobre responsabilidade direta do Governo Provisório.
Aqui o Governo Provisório delega a cada parte a sua responsabilidade, como é característico de um sistema de governo não imperial. E o artigo 11 elucida algo interessante em termos conceituais. Às partes que vão manter o TODO do Governo em ordem é recomendado cumprir este decreto, ou seja, a LEI ESCRITA, e não uma ordem de uma pessoa. Até o Marechal Deodoro, se descumprisse o Decreto, estaria fora da lei, coisa que não acontece em um contexto imperial, onde o mandatário do Governo pode desfazer uma ordem sua.
Proclamação da República - I - Governo Provisório
Para compreender o contexto histórico de nossa nação nos anos que precederam a inauguração de Belo Horizonte em 1897, precisamos lembrar que a Proclamação da República acabara de alterar o status de nossa pátria.
Precedentes da Proclamação do Governo Provisório
A coroa portuguesa, inegavelmente ciente dos movimentos Republicanos pelo mundo, veio com um projeto de Autonomia Provincial, em que cada província teria uma Assembléia Provincial, cujos membros eleitos "a dedo" seriam meros fantoches das vontades da corte. E tal eleição seria conduzida por artimanhas como compra da vontade dos candidatos e também pelo uso da violência para coação do povo.
A notícia abaixo dá conta de uma manobra ocorrida no mês de agosto do mesmo ano nas urnas. Sempre existe, no seio de uma nação, almas que vendem sua vontade para os dominadores, pois é mais fácil manter a ordem vigente do que modificá-la e ter que mantê-la depois.
Veja este artigo na Edição 41 do jornal "O Movimento" da cidade de Ouro Preto, datado de 13 de Novembro de 1889:
Veja a notícia "quentinha" que saiu no jornal "O Estado de Minas Gerais" (não se trata do hoje Estado de Minas) em sua primeiríssima edição. Provavelmente, a inauguração deste jornal foi ato resultante do entusiasmo reinante.
Basicamente a Monarquia é deposta em nosso país, e instituído um Governo Provisório. Isto decorre do fato de que o Governo Republicano deveria convocar agora uma Assembléia Constituinte para eleger os representantes do povo.
As nomeações
Repare neste primeiro excerto da notícia, que o Governo Provisório reconhecia as obrigações anteriormente assumidas pela nação. Isto dava segurança aqueles que havia,m celebrado contratos, de que eles não haviam mudado. Todo o elenco de obrigações dos cidadãos, uns para com os outros, estava resguardado. O Estado de Direitos e Obrigações se mantinha, ou seja, socialmente, os compromissos estavam mantidos.
Os ministros nomeados
Aristides Silveira Lobo é nomeado Ministro do Interior. Ele é bacharel em direito, e já havia participado da edição de manifestos republicanos.
Quintino Bocayuva é nomeado Ministro das Relações Exteriores, além de acumular a pasta de Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Eduardo Wandenkolk é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha. Rui Barbosa, conhecido como uma das pessoas mais inteligentes do país, bacharel em direito, foi nomeado Ministro da Fazenda.
Campos Salles é nomeado MInistro para assuntos da Justiça. Demétrio Ribeiro assume o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Para Governador do Estado do Rio de Janeiro, que abrigava a Capital Federal, é nomeado o Dr. Francisco Portella.
E para o Governo de Minas Gerais é designado o bacharel Cesário Alvim. Para a Bahia, Manoel Pereira.
Para chefe de Polícia da Capital, pois era vital manter a ordem, foi designado João Sampaio. E para o Diário Oficial, cargo importante para registro dos Atos do Governo, Júlio Diniz.
Este é um registro histórico-documental importantíssimo, que colocamos aqui para disseminação ampla entre a nação brasileira, pois só vemos esta história pelos livros, sem este tempero de realidade dado pela notícia impressa em papel da época.
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Fonte: Arquivo Público Mineiro
Precedentes da Proclamação do Governo Provisório
A coroa portuguesa, inegavelmente ciente dos movimentos Republicanos pelo mundo, veio com um projeto de Autonomia Provincial, em que cada província teria uma Assembléia Provincial, cujos membros eleitos "a dedo" seriam meros fantoches das vontades da corte. E tal eleição seria conduzida por artimanhas como compra da vontade dos candidatos e também pelo uso da violência para coação do povo.
A notícia abaixo dá conta de uma manobra ocorrida no mês de agosto do mesmo ano nas urnas. Sempre existe, no seio de uma nação, almas que vendem sua vontade para os dominadores, pois é mais fácil manter a ordem vigente do que modificá-la e ter que mantê-la depois.
Veja este artigo na Edição 41 do jornal "O Movimento" da cidade de Ouro Preto, datado de 13 de Novembro de 1889:
Veja a notícia "quentinha" que saiu no jornal "O Estado de Minas Gerais" (não se trata do hoje Estado de Minas) em sua primeiríssima edição. Provavelmente, a inauguração deste jornal foi ato resultante do entusiasmo reinante.
Basicamente a Monarquia é deposta em nosso país, e instituído um Governo Provisório. Isto decorre do fato de que o Governo Republicano deveria convocar agora uma Assembléia Constituinte para eleger os representantes do povo.
As nomeações
Repare neste primeiro excerto da notícia, que o Governo Provisório reconhecia as obrigações anteriormente assumidas pela nação. Isto dava segurança aqueles que havia,m celebrado contratos, de que eles não haviam mudado. Todo o elenco de obrigações dos cidadãos, uns para com os outros, estava resguardado. O Estado de Direitos e Obrigações se mantinha, ou seja, socialmente, os compromissos estavam mantidos.
Os ministros nomeados
Aristides Silveira Lobo é nomeado Ministro do Interior. Ele é bacharel em direito, e já havia participado da edição de manifestos republicanos.
Quintino Bocayuva é nomeado Ministro das Relações Exteriores, além de acumular a pasta de Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Eduardo Wandenkolk é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha. Rui Barbosa, conhecido como uma das pessoas mais inteligentes do país, bacharel em direito, foi nomeado Ministro da Fazenda.
Campos Salles é nomeado MInistro para assuntos da Justiça. Demétrio Ribeiro assume o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Para Governador do Estado do Rio de Janeiro, que abrigava a Capital Federal, é nomeado o Dr. Francisco Portella.
E para o Governo de Minas Gerais é designado o bacharel Cesário Alvim. Para a Bahia, Manoel Pereira.
Para chefe de Polícia da Capital, pois era vital manter a ordem, foi designado João Sampaio. E para o Diário Oficial, cargo importante para registro dos Atos do Governo, Júlio Diniz.
Este é um registro histórico-documental importantíssimo, que colocamos aqui para disseminação ampla entre a nação brasileira, pois só vemos esta história pelos livros, sem este tempero de realidade dado pela notícia impressa em papel da época.
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Fonte: Arquivo Público Mineiro
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
A Proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca
A pesquisa histórica fica muito mais interessante quando entramos no "clima da história", no momento em que ela aconteceu. Por isto, fizemos uma pesquisa nos jornais da época, agora disponíveis em formato digital. Se você não tem paciência para fazer esta pesquisa, leia aquilo que fizemos por você, leitor.
Veja a notícia "quentinha" que saiu no jornal "O Estado de Minas Gerais" (não se trata do hoje Estado de Minas) em sua primeiríssima edição. Provavelmente, a inauguração deste jornal foi ato resultante do entusiasmo reinante.
Basicamente a Monarquia é deposta em nosso país, e instituído um Governo Provisório. Isto decorre do fato de que o Governo Republicano deveria convocar agora uma Assembléia Constituinte para eleger os representantes do povo.
As nomeações
Repare neste primeiro excerto da notícia, que o Governo Provisório reconhecia as obrigações anteriormente assumidas pela nação. Isto dava segurança aqueles que havia,m celebrado contratos, de que eles não haviam mudado. Todo o elenco de obrigações dos cidadãos, uns para com os outros, estava resguardado. O Estado de Direitos e Obrigações se mantinha, ou seja, socialmente, os compromissos estavam mantidos.
Os ministros nomeados
Aristides Silveira Lobo é nomeado Ministro do Interior. Ele é bacharel em direito, e já havia participado da edição de manifestos republicanos.
Quintino Bocayuva é nomeado Ministro das Relações Exteriores, além de acumular a pasta de Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Eduardo Wandenkolk é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha. Rui Barbosa, conhecido como uma das pessoas mais inteligentes do país, bacharel em direito, foi nomeado Ministro da Fazenda.
Campos Salles é nomeado MInistro para assuntos da Justiça. Demétrio Ribeiro assume o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Para Governador do Estado do Rio de Janeiro, que abrigava a Capital Federal, é nomeado o Dr. Francisco Portella.
E para o Governo de Minas Gerais é designado o bacharel Cesário Alvim. Para a Bahia, Manoel Pereira.
Para chefe de Polícia da Capital, pois era vital manter a ordem, foi designado João Sampaio. E para o Diário Oficial, cargo importante para registro dos Atos do Governo, Júlio Diniz.
Este é um registro histórico-documental importantíssimo, que colocamos aqui para disseminação ampla entre a nação brasileira, pois só vemos esta história pelos livros, sem este tempero de realidade dado pela notícia impressa em papel da época.
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Fonte: Arquivo Público Mineiro
Veja a notícia "quentinha" que saiu no jornal "O Estado de Minas Gerais" (não se trata do hoje Estado de Minas) em sua primeiríssima edição. Provavelmente, a inauguração deste jornal foi ato resultante do entusiasmo reinante.
Basicamente a Monarquia é deposta em nosso país, e instituído um Governo Provisório. Isto decorre do fato de que o Governo Republicano deveria convocar agora uma Assembléia Constituinte para eleger os representantes do povo.
As nomeações
Repare neste primeiro excerto da notícia, que o Governo Provisório reconhecia as obrigações anteriormente assumidas pela nação. Isto dava segurança aqueles que havia,m celebrado contratos, de que eles não haviam mudado. Todo o elenco de obrigações dos cidadãos, uns para com os outros, estava resguardado. O Estado de Direitos e Obrigações se mantinha, ou seja, socialmente, os compromissos estavam mantidos.
Os ministros nomeados
Aristides Silveira Lobo é nomeado Ministro do Interior. Ele é bacharel em direito, e já havia participado da edição de manifestos republicanos.
Quintino Bocayuva é nomeado Ministro das Relações Exteriores, além de acumular a pasta de Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Eduardo Wandenkolk é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha. Rui Barbosa, conhecido como uma das pessoas mais inteligentes do país, bacharel em direito, foi nomeado Ministro da Fazenda.
Campos Salles é nomeado MInistro para assuntos da Justiça. Demétrio Ribeiro assume o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Para Governador do Estado do Rio de Janeiro, que abrigava a Capital Federal, é nomeado o Dr. Francisco Portella.
E para o Governo de Minas Gerais é designado o bacharel Cesário Alvim. Para a Bahia, Manoel Pereira.
Para chefe de Polícia da Capital, pois era vital manter a ordem, foi designado João Sampaio. E para o Diário Oficial, cargo importante para registro dos Atos do Governo, Júlio Diniz.
Este é um registro histórico-documental importantíssimo, que colocamos aqui para disseminação ampla entre a nação brasileira, pois só vemos esta história pelos livros, sem este tempero de realidade dado pela notícia impressa em papel da época.
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Fonte: Arquivo Público Mineiro
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Canibalismo nos primeiros anos do descobrimento
Muito poética, pacífica e bonita a história do Brasil que aprendi, eu e meus irmãos também. Fruto das diretrizes didáticas ditadas pelos órgãos de informação brasileiros estabelecidos na época da ditadura.
Romantismo indígena, "O Guarani", "Peri e Ceci", amores de brancos e índios. Quanta manipulação ideológica. Nem hoje, Eduardo Bueno, o jornalista historiador da moda, ousou mostrar a face escura do canibalismo entre as tribos brasileiras.
Para ilustrar o assunto, precisamos de alguns "quadros" expostos na obra do historiador britânico Robert Southey, History of Brazil, dono de uma numerosa coleção de livros espanhóis e documentos sobre a história de Portugal e da América do Sul. Seu livro é, portanto, fruto de estudo em documentos originais dos exploradores de nosso continente.
A inspiração do canibalismo
Hoje, nesta época de revisionistas, que negam tudo o que está escrito, só para mostrar que são críticos, tenderíamos a encontrar explicações mirabolantes para o ato canibal. Mas até os índios da tribo dos Xavantes dão uma explicação simples:
É uma tendência animista , ou seja, dar excessiva importância à influência da alma na vida das pessoas. Como consequência, as fronteiras desta alma avançam sobre terrenos da vida que não tem a ver com ela. A confusão da alma com a carne, no caso do canibalismo, mostra o primitivismo do raciocínio.
Romantismo indígena, "O Guarani", "Peri e Ceci", amores de brancos e índios. Quanta manipulação ideológica. Nem hoje, Eduardo Bueno, o jornalista historiador da moda, ousou mostrar a face escura do canibalismo entre as tribos brasileiras.
Para ilustrar o assunto, precisamos de alguns "quadros" expostos na obra do historiador britânico Robert Southey, History of Brazil, dono de uma numerosa coleção de livros espanhóis e documentos sobre a história de Portugal e da América do Sul. Seu livro é, portanto, fruto de estudo em documentos originais dos exploradores de nosso continente.
A inspiração do canibalismo
Hoje, nesta época de revisionistas, que negam tudo o que está escrito, só para mostrar que são críticos, tenderíamos a encontrar explicações mirabolantes para o ato canibal. Mas até os índios da tribo dos Xavantes dão uma explicação simples:
Comer a carne de um forte transfere a força deste para quem a come
É uma tendência animista , ou seja, dar excessiva importância à influência da alma na vida das pessoas. Como consequência, as fronteiras desta alma avançam sobre terrenos da vida que não tem a ver com ela. A confusão da alma com a carne, no caso do canibalismo, mostra o primitivismo do raciocínio.
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