segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A Proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca

A pesquisa histórica fica muito mais interessante quando entramos no "clima da história", no momento em que ela aconteceu. Por isto, fizemos uma pesquisa nos jornais da época, agora disponíveis em formato digital. Se você não tem paciência para fazer esta pesquisa, leia aquilo que fizemos por você, leitor.

Veja a notícia "quentinha" que saiu no jornal "O Estado de Minas Gerais" (não se trata do hoje Estado de Minas) em sua primeiríssima edição. Provavelmente, a inauguração deste jornal foi ato resultante do entusiasmo reinante.


Basicamente a Monarquia é deposta em nosso país, e instituído um Governo Provisório. Isto decorre do fato de que o Governo Republicano deveria convocar agora uma Assembléia Constituinte para eleger os representantes do povo.


As nomeações


Repare neste primeiro excerto da notícia, que o Governo Provisório reconhecia as obrigações anteriormente assumidas pela nação. Isto dava segurança aqueles que havia,m celebrado contratos, de que eles não haviam mudado. Todo o elenco de obrigações dos cidadãos, uns para com os outros, estava resguardado. O Estado de Direitos e Obrigações se mantinha, ou seja, socialmente, os compromissos estavam mantidos.

Os ministros nomeados

Aristides Silveira Lobo é nomeado Ministro do Interior. Ele é bacharel em direito, e já havia participado da edição de manifestos republicanos.


Quintino Bocayuva é nomeado Ministro das Relações Exteriores, além de acumular a pasta de Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.


Eduardo Wandenkolk é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha. Rui Barbosa, conhecido como uma das pessoas mais inteligentes do país, bacharel em direito, foi nomeado Ministro da Fazenda.


Campos Salles é nomeado MInistro para assuntos da Justiça. Demétrio Ribeiro assume o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.


Para Governador do Estado do Rio de Janeiro, que abrigava a Capital Federal, é nomeado o Dr. Francisco Portella.


E para o Governo de Minas Gerais é designado o bacharel Cesário Alvim. Para a Bahia, Manoel Pereira.


Para chefe de Polícia da Capital, pois era vital manter a ordem, foi designado João Sampaio. E para o Diário Oficial, cargo importante para registro dos Atos do Governo, Júlio Diniz.


Este é um registro histórico-documental importantíssimo, que colocamos aqui para disseminação ampla entre a nação brasileira, pois só vemos esta história pelos livros, sem este tempero de realidade dado pela notícia impressa em papel da época.
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Fonte: Arquivo Público Mineiro

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